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É
verdade que
os investidores estrangeiros terminaram janeiro com um recorde
histórico de compras líquidas na Bovespa: R$ 9,549 BB ; de
certa forma, o aumento do volume diário, tanto no
à vista como nos derivativos, já indicavam o fato, mas
o grosso do saldo foi formado na segunda metade do mês.
Vale lembrar que o saldo de compras líquidas de todo o
ano de 2017 foi de R$ 13,683 BB, para se ter a dimensão do
ocorrido.
Com os sustos deste começo de fevereiro, o saldo destes
investidores no dia 6 era vendedor líquido por R$ 1,927 BB, o
que prova (tanto nas compras como nas vendas agora...)
a boa liquidez do nosso mercado.
É
mentira que o varejo esteja
adiantado em sua recuperação: as vendas no varejo brasileiro
registraram queda bem mais forte do que o esperado mas ainda
assim terminaram 2017 com crescimento após dois anos de
contrações, com destaque para os eletrodomésticos,
sustentando a recuperação da atividade em ambiente de juros
e inflação baixos.
Em dezembro, as vendas no varejo recuaram 1,5 % na
comparação com o mês anterior, resultado mais fraco desde
as perdas de 1,9 % em janeiro de 2016 e bem pior que a
expectativa de recuo de 0,4 % em pesquisa da Reuters com
analistas.
Sobre o mesmo período do ano anterior, o setor apresentou
ganho de 3,3 %, ante expectativa dos economistas
consultados de avanço de 4,7 %.
Mesmo assim, o setor fechou 2017 com alta de 2 %,
informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta sexta-feira, depois de contrações de 4,3 e 6,2
% em 2015 e 2016, respectivamente.
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O
resultado é efeito da melhora do consumo após dois anos de recessão,
mas ainda está longe de recuperar as perdas acumuladas de 10,2
% em 2015 e 2016.
"Teve ainda uma ambiente econômico mais favorável com
recuperação da renda e do crédito, além de inflação e juros
mais baixos. Foi um ano que fechou positivo, mas nem de longe repõe
a perda de mais de 10 % dos últimos dois anos", disse a
economista do IBGE Isabella Nunes.
Ela acrescentou ainda que a perda vista em dezembro veio por conta
do resultado forte de novembro impulsionado pela Black Friday.
"Tanto que os setores que mais subiram em novembro apresentaram
queda em dezembro", disse a economista. Em novembro as vendas
varejistas subiram 1 %.
Entre as atividades pesquisadas, segundo o IBGE, o destaque em 2017
foi a alta de 9,5 % de móveis e eletrodomésticos, com juros
menores facilitando o crédito.
O aumento de 1,4 % nas vendas de hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios,
bebidas e fumo, também ajudou na retomada do setor no ano passado.
Ambas as atividades, entretanto, pressionaram o resultado de
dezembro. Enquanto as vendas de supermercados caíram 3 % na
comparação com novembro, as de móveis e eletrodomésticos
recuaram 2,7 %.
No varejo
ampliado, que incluem veículos e material de construção, as
vendas caíram 0,8 % em dezembro sobre o mês anterior mas
fecharam 2017 com alta de 4 %.
O comércio brasileiro iniciou 2018 com uma visão mais positiva
sobre o quadro atual do país, o que levou a confiança do setor em
janeiro ao maior nível desde julho de 2014, segundo dados da Fundação
Getulio Vargas (FGV). (Reuters)
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